Os grupos de WhatsApp surgiram como uma ferramenta poderosa para a comunicação entre servidores. Em tempos de incerteza e mobilização, deveriam ser espaços de troca produtiva, de compartilhamento de informações relevantes e de fortalecimento da categoria. Mas será que todos cumprem esse papel?
Infelizmente, muitos desses grupos têm se tornado redutos de fofocas e desinformação, onde pouco ou nada se constrói. O que deveria ser um espaço de organização vira palco de intrigas, onde a insegurança é plantada e as fake news se espalham com rapidez. Pior ainda: há indícios concretos de que algumas dessas conversas não são apenas fruto do acaso.
A infiltração de agentes ligados ao governo, cujo objetivo não é outro senão monitorar opiniões e semear a discórdia, tem sido uma prática cada vez mais evidente. O método é sutil: instigar desconfiança, provocar rachas internos, enfraquecer a categoria e minar qualquer movimento legítimo de luta. E tudo isso acontece com a colaboração involuntária de quem repassa boatos sem verificar, de quem se deixa levar pelo calor do momento e, sem perceber, ajuda a desmobilizar aqueles que realmente querem avançar.
E aqui cabe uma reflexão: qual é o propósito de permanecer em um espaço que não informa, não fortalece e não constrói? O que você ganha ao alimentar discussões vazias e desestabilizadoras? Será que sua presença ali está ajudando ou apenas contribuindo para um jogo que só beneficia quem quer ver os servidores divididos e fragilizados?
A verdadeira mobilização não nasce do caos, mas da informação qualificada, da união estratégica e da ação organizada. O resto é ruído — e todo ruído, no fim, só favorece aqueles que querem manter tudo como está.